É
hora das colônias espaciais lutarem mais uma vez contra a Terra, só
que desta vez no ambiente digital do DC! A série Gundam é famosa
por este tipo de enredo e por ser bem longa (tem a DX, V , Z, ZZ,
Wing e outras), contando com muitos robôs gigantes e alta
tecnologia. A série Gundam tem longa passagem nos videogames e já
pintou em diversos consoles como o SNES até Saturn e PlayStation.
Nesta
versão do DC, o jogador vai escolher entre ser membro da federação
ou dos Zeons e escolher um robô para comandar. O jogo é uma
batalha 3D que lembra muito o Virtual On, mas difere por ter mais
inimigos em tela (um chefe local com vários
"acompanhantes", mas o jogador também conta com uma
"companhia") e um cenário bem mais amplo e variado. Como
o jogo segue o enredo da série DX, o jogador vai lutar desde num
ambiente da colônia lunar, até no espaço orbital da Terra e em
ambientes terrenos variados: ruínas, desertos, florestas e até
debaixo d'água. Entre os robôs a disposição está o Gundam D,
Gundam DX e diversos outros humanóides ou não. Os que não são
humanóides podem apresentar lagartas (parecem tanques) ou mais de
duas pernas. A variedade de robôs é um atrativo do jogo e vai
satisfazer a todos os gostos. Como se não fosse o suficiente, além
dos robôs o jogador vai poder escolher uma arma principal para seu
arsenal e pode ser uma bazuca, uma metralhadora ou lança míssil.
Tudo depende do robôs escolhido. Choose and fire at will!
Desde
a apresentação o jogo esbanja um visual muito esmerado, com polígonos
bem renderizados e robôs bem construídos vetorialmente. O ambiente
3D é bem amplo e detalhado, dando um belo visual para os embates.
Este ambiente precisa ser amplo pois, como já se comentou, ficam vários
robôs na tela lutando e é preciso se movimentar muito nas lutas,
tanto para atacar como para fugir.
Os
desenhos em estilo anime também são muito bons e a história é
contada (em japonês) durante os loadings. Um aspecto bom enquanto
se prepara para jogar. Os mostradores de energia e status das armas
são simples e bem dispostos na tela, não atrapalhando o visual. É
preciso atentar para os mostradores de perigo.
A
despeito do belo visual, nem tudo que reluz é ouro. O jogo falha
terrivelmente por apresentar diversas "travadinhas"
(breaks) durante a ação e isso chega a dar nos nervos. O jogo não
apresenta slowdown, mas as travadas são facilmente sentidas e em
momentos derradeiros podem colocar um movimento a perder.
Como
outros jogos de anime, a palheta sonora conta com típicos sons de
anime e os sons deste Gundam me lembraram muito do jogo Macross. Os
sons são variados e alguns se destacam como os sons de quedas e os
alarmes. As vozes estão presentes e com boa qualidade, apesar de
estarem em japonês.
Diferente
da tradição de jogos de animes, as músicas aqui não representam
destaque. Há diversas músicas, mas marcam pouca presença no jogo
e não empolgam mesmo, mesmo as que são cantadas com vocais
masculinos (too bad man!!!). Poucas criam um bom clima, mas entre as
batalhas os efeitos sonoros é que fazem a ação.
A
jogabilidade é razoável pois é um pouco dura. Há uso do controle
analógico e o sistema de botões se baseia em um botão para dash e
vôo (segure-o para voar), um para o típico sabre de luz, um para
uma arma principal e outro para uma arma secundária.
Se
você é um fan da série Gundam (como eu) e também gosta de lutas
3D entre robôs, este jogo pode lhe render boas horas de diversão...se
você não se importar com as travadinhas e com a jogabilidade.
Escolha seu lado, prepare-se para duras batalhas robóticas e sinta
como na série a liberdade custa alto! |