IKARUGA

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Feel visible matter...

Feel invisible matter...

There’s life everywhere...

Todos os amantes de shooters que jogaram Radiant Silvergun conhecem estas frases e é hora de enfrentarem mais uma vez o Cristal Dourado... Sim, este é o sucessor do fantástico shooter vertical do Saturn! A produção garantiu que o jogo sairia para o DC e com muita ansiedade foi aguardado! Mais uma vez a produção da Treasure (o publisher ainda é a ESP) entrega à Sega um dos jogos mais belos e intensos! Contudo...

De cara o jogo exibe um visual estupendo, talvez o melhor já visto no gênero do 128 bits da Sega! O Ikaruga vai transportar o jogador em um ambiente ricamente poligonal, renderizado em altíssima resolução e com constantes efeitos de zoom, scaling e muitos sprites ativos! Todo o ambiente consta de bases pesadamente armadas e em alguns podem ser notados elementos ambientais como montanhas e vegetação. O background conta com vários planos de deslocamento e passa uma fantástica sensação de movimento e profundidade.

A nave que o jogador controlará é bem diferente do jogo predecessor, sendo bem mais arrojada (difere tanto para o primeiro como para o segundo jogador). Não há mais a gama de armas e no lugar a nave dispõe apenas de um tiro duplo e um escudo de duas cores (azul e vermelha) que absorve os tiros inimigos. Do jogo anterior a nave ostenta a barra de super tiro, que é enchida ao se absorver os tiros inimigos. É o escudo que enche esta barra e o este elemento não significa muita vantagem para o jogador, pois vai ser preciso mudar a cor do escudo toda hora já que os tiros inimigos, que também são de cor azul e vermelha, vem misturados! É um verdadeiro samba do crioulo doido que vai exigir não apenas reflexos como também... muita paciência! Definitivamente este jogo não é recomendado para os iniciantes neste estilo: os inimigos vem de todos os lados, saturam a tela de tiros diferentes, há vários mid-bosses e alguns chefes são osso duro de roer!!!

Um outro colírio para os olhos está nos efeitos gráficos dos laser, luzes e explosões. Nos primeiros dá para se perceber que foram feitos como brilhos destacados dos elementos poligonais. As luzes criam belos reflexos durante as mudanças do background e as explosões são tão bem feitas que se dispersam com grande fluidez.

É importante saber que o Ikaruga não é em tela inteira, mas oferece opção de full screen, desde que você coloque a TV deitada! Só neste modo se aproveita todo o efeito gráfico do jogo... para alguns isso vai ser uma decepção.

Junto da ação vertiginosa o jogo trás uma música tecno-sinfônica realmente inesquecível. Todas as músicas do jogo garantem muita empolgação e entre os destaques está a música da primeira fase e dos chefes.

Os efeitos sonoros também estão ótimos, sendo bem variados e muito límpidos. Os sons de explosão, laser e vozes são bem nítidos, sem qualquer interferência na música ou entre si. As vozes possuem um tom bem robótico e criam um clima bem hi-tech!

Da mesma forma que o arsenal reduziu, a jogabilidade ficou mais simples. Ela conta apenas com um botão de tiro, um para troca do escudo e um para o tiro especial. O tiro do jogo já é turbinado e a troca de escudo exige dinamismo do jogador. Afora isso o tiro especial, uma salva de laser teleguiado, é efetivo e o controle da nave é preciso!

Você se maravilhou com os gráficos, delirou com a música, efeitos sonoros e jogabilidade, e quando sentiu que chegaria ao clímax... o jogo acabou!!!!! Isso mesmo, o jogo vacila feio por ter apenas 5 fases curtas! Isto é uma verdadeira decepção do jogo e apesar de possuir continues limitados no início, não é difícil de terminar e habilitar continues infinitos. Para os azes este Ikaruga vai parecer fogo de palha...