Este jogo marca a estréia da consagrada série
Zelda nos portáteis, e em grande estilo! Certamente, é uma das
melhores produções do bom e velho Game Boy.

A
balada do peixe-vento A história é a seguinte:
Link está retornando de uma espécie de viagem de autoconhecimento
e, quando está a caminho de Hyrule, seu navio é surpreendido por
uma tempestade em alto-mar e acaba por naufragar. Link consegue
chegar a uma praia e é resgatado por uma garota chamada Marin (que
tem uma incrível semelhança com Zelda). Quando você desperta,
Marin lhe explica que você está em Koholint Island. Esta
misteriosa ilha chama a atenção pelo gigantesco ovo incrustado em
sua montanha central, além do fato de que seus habitantes
praticamente desconhecem o mundo fora da ilha. Ao procurar sua
espada na praia, Link encontra uma estranha coruja que lhe diz para
despertar Wind Fish, o que esclarecerá todas as suas dúvidas. De
posse desta informação, Link se prepara pra viver uma misteriosa
aventura. Super
Nintendo de bolso Para
despertar Wind Fish, Link deve recuperar oito instrumentos musicais
que, juntos, permitem tocar a “Wind Fish Ballad”, música que
despertará este misterioso ser. O game play deste título é muito
semelhante ao clássico A Link To The Past do Super Nintendo: os
instrumentos musicais estão guardados em oito dungeons, sendo que o
herói deve explorar cada dungeon, encontrar seus itens, enfrentar
os chefes, ganhar um coração extra e recuperar os instrumentos,
partindo para as dungeons seguintes. Os itens encontrados em cada
uma das dungeons são utilizados para, de alguma forma, matar o
respectivo chefão, além de possibilitarem a Link explorar partes
do mapa antes inacessíveis. Além disso, as dungeons estão
repletas de inimigos e dos tradicionais puzzles, que são uma das
marcas registradas da série. Você também deve procurar, em cada
uma delas, o mapa (que mostra todas as salas do local), o compasso
(que mostra onde estão os tesouros) e a Nightmare´s Key, que
permite abrir a sala onde se encontra o chefão, além das Small
Keys, que servem para abrir portas comuns/blocos com fechaduras. Quanto
aos itens, muitos já são conhecidos da série, como a Power Glove,
Hookshot e o Fire Rod. Além disso, você pode comprar alguns itens
na loja da cidade, como o arco e flecha e as bombas. Cada item
adquirido permite acessar novas áreas da ilha, que possui um mapa
indicando todos os locais relevantes e que vai sendo desvendado à
medida que você explora mais e mais a ilha.
Como não poderia deixar de ser, este jogo possui muitos segredos a
serem desvendados. Você deve explorar cuidadosamente a ilha a fim
de encontrar objetos que, embora não sejam fundamentais na sua
jornada, certamente irão ajudar bastante, como os pedaços de
coração, o bumerangue e as conchas (junte vinte conchas e terá
uma surpresa!).
Uma curiosidade é que este jogo possui um dos enredos mais
atípicos da série, uma vez que a história não se passa em Hyrule
e Zelda sequer aparece. Mas, tirando a história, toda a mecânica
clássica da série está presente neste título. Super
produção Graficamente, este jogo é
surpreendente para os padrões do Game Boy. Os personagens são
muito bem detalhados e o jogo possui cenários muito bonitos. A
música também é muito boa, com melodias variadas e bem adequadas
a cada dungeon/local. Destaque para a melancólica “Wind Fish
Ballad”, uma das mais belas melodias do jogo. A jogabilidade
também é um ponto alto, com comandos suaves e precisos. A
exploração neste jogo é muito prazerosa, e a forma como você vai
pouco a pouco desvendando a ilha e os seus segredos e conhecendo
seus cativantes moradores é bastante envolvente. O único senão
fica por conta dos chefões que, como de costume, são relativamente
fáceis. Mas isto não chega a prejudicar o jogo, pois o foco da
série Zelda nunca foi a dificuldade elevada, mas sim a
exploração/resolução de puzzles, e nisso o game cumpre sua
missão com louvor! Sem dúvida nenhuma, este é um dos melhores
títulos disponíveis na imensa biblioteca do GB.

Dicas
e easter eggs • Está difícil juntar dinheiro
para comprar algum item, especialmente aquele exorbitante arco e
flecha de 980 rúpias? Não é problema, você pode simplesmente
pegá-lo, distrair o vendedor e, quando ele estiver de costas, saia
da loja sem pagar um centavo. O importante é que você dê um jeito
de sair sem que o vendedor esteja olhando para Link. Mas cuidado:
após cometer sua ladroagem, trate de ficar longe da loja, pois se
você entrar de novo lá, o vendedor lhe fulminará com um raio (!)
e, além disso, todos passarão a lhe chamar de LADRÃO. Pense bem
se é esse tipo de reputação que você quer!
• Outra dica (mais honesta) para economizar dinheiro: quando
comprar algo caro pressione rapidamente A, B, SLECET e START e
selecione a opção SAVE AND QUIT. Se você for bem rápido,
interromperá o pagamento e salvará suas rúpias.
• A dica de cima também serve para evitar que você perca vidas:
quando estiver morrendo, pressione rapidamente A, B, SELECT e START,
a fim de evitar que você perca uma vida.
• É importante evitar a perda de vidas, pois se você zerar o
jogo com seu marcador em 000, você será premiado com um pequeno
bônus no final!
• Para ouvir uma música diferente na tela de seleção de
jogador, digite o nome ZELDA (em maiúsculas).
• Selecione as bombas e o arco e flecha de seu inventário e
pressione A e B ao mesmo tempo. Você irá disparar uma espécie de
flecha explosiva!
• Se você atacar diversas vezes uma galinha, uma horda de
galinhas surgirá na tela pronta para atacar Link. Easter egg
clássico!
• Quando você “pegar” Marin, experimente fazer várias
coisas, como: jogar na Trendy Game, atacar as galinhas, tocar a
ocarina, etc. Podem acontecer muitas coisas interessantes! Zelda
em cores 
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Para
alegria dos fãs, a Nintendo relançou este jogo, em 1998, para o
seu novo portátil, o Game Boy Color, com o título de The Legend Of
Zelda: Link’s Awakening DX. A primeira grande mudança é,
obviamente, a adição de cores ao jogo, dando mais vida aos
habitantes e à paisagem de Koholint Island. Além disso, a Nintendo
adicionou alguns extras ao game, como uma nova dungeon com novos
itens (opcional) e a possibilidade de tirar fotos, que podem ser
impressas na Game Boy Printer. Embora as cores e a dungeon nova só
estejam disponíveis se você jogar no Game Boy Color, a versão do
GBC é perfeitamente jogável no antigo Game Boy. Vale a pena
conferir a versão DX, mesmo que você já tenha jogado a versão
original!
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