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FATAL LABYRINTH

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Por: Dinger
Mega Drive
Lançamento: 1991
Desenvolvedora: Sega
RPG

 

Este foi um dos primeiros RPGs a ser lançado no console de 16 bits da Sega, além de ser um dos seus poucos títulos a seguir o gênero “Roguelike”.

Introdução

Para quem não sabe, “Roguelike” é uma expressão que surgiu com o jogo Rogue, um antigo RPG lançado para computadores (por volta de 1984). Numa época em que os jogos eram totalmente em texto, este gênero ficou conhecido pelas dungeons geradas aleatoriamente em cada partida, itens que mudam de aparência a cada nova jogatina, bem como o fato de ter que se alimentar para manter seu personagem vivo. Fatal Labyrinth manteve todas essas características dos antigos RPGs de texto, embora sua história não possua a mesma profundidade de seus predecessores.

Aliás, a história do game é bem clichê e simples: o reino de Dragonia foi engolido pelas trevas, e esta maldição só poderá ser revertida atarvés do Holy Goblet, um item mágico que está nas garras de um terrível dragão. Cabe a você, o herói escolhido (Trykaar), adentrar no labirinto, matar o monstro e recuperar o talismã. O labirinto possui 30 níveis no total.

Gráficos/Som

Não espere grande coisa nestes quesitos, pois o jogo é bem simples, até mesmo para os padrões da primeira leva de jogos do Mega Drive. Todos os níveis do labirinto são graficamente idênticos, ocorrendo apenas uma mudança na modesta paleta de cores a cada 10 fases. Os personagens são todos bem pequenos e com pouquíssimo detalhamento. O único detalhe interessante é que a aparência do herói muda quando você equipa alguma arma ou roupa diferente.
O som sofre do mesmo problema dos gráficos: a música é extremamente repetitiva e só muda de 10 em 10 fases. Além disso, os (poucos) efeitos sonoros são inexpressivos.

Jogabilidade

Aqui é onde o jogo fica interessante. Você anda pelos labirintos, matando os inimigos e recolhendo itens e dinheiro pelo caminho. Após matar certo número de adversários, você ganha níveis, com um incremento em seu HP. O botão A serve para pegar itens e abrir portas secretas, o B faz seu personagem se virar em uma direção sem se mover e cancela o menu, enquanto o botão C ativa o menu. Curiosamente, este jogo não possui um botão de ataque. Para atacar os monstros, você deve ficar de frente para eles, movendo-se em sua direção. Após seu ataque, é a vez do adversário contra-atacar. Além disso, os adversários só se movem se você se mover, o que adiciona um pouco mais de estratégia ao jogo.

Além de seu ataque básico, você dispõe de diversos itens que lhe auxiliam em sua jornada, como poções, magias, anéis, etc. Você encontra várias armas e armaduras ao longo dos corredores, cada qual com um diferente nível de poder de ataque/defesa (alguns itens são amaldiçoados e causam um efeito negativo se você equipá-los, por isso tome cuidado). Você também pode atirar qualquer um de seus itens, incluindo armas e armaduras, em cima de um oponente, para causar dano.

Outra característica interessante é que os itens possuem diferentes cores, cada qual com um efeito distinto. Por exemplo: o anel amarelo pode aumentar sua defesa, enquanto o anel azul pode adicionar o poder de trovão ao seu ataque. No começo do jogo, não está especificada qual a utilidade de cada cor, você deve experimentar os itens de diferentes cores, a fim de descobrir para que servem.

Por fim, você recupera seu HP simplesmente andando de um lado para outro, mas deve sempre ficar de olho no seu “nível de comida”, pois à medida que você anda, ele diminui, e se chegar a zero, seu HP vai decrescer até que você morra. Para evitar isso, procure ingerir as comidas espalhadas pelo labirinto, mas não vá abusar: se comer muito, seu personagem se moverá mais lentamente e perderá turnos durante o combate. Aliás, você pode até mesmo morrer se comer que nem um louco.

No geral, o jogo possui um nível de dificuldade bastante elevado, especialmente da metade em diante, já que o número de inimigos aumenta consideravelmente. Você começa em algumas salas com diversos monstros ao seu redor, e deve planejar bem seus movimentos, a fim de não ficar encurralado pelos adversários. Além disso, é comum você errar vários ataques seguidamente, o que complica ainda mais sua vida. Prepare-se para morrer repetidas vezes.

O ponto que realmente se destaca no jogo é o fator Roguelike, que faz com que cada partida seja única. Não só as dungeons mudam em um novo jogo: toda a disposição de itens/armas/inimigos é diferente, bem como as cores de todos os itens são novamente embaralhadas, fazendo com que você tenha que experimentar de novo um a um em uma nova partida.

Conclusão

Apesar de sua visível simplicidade técnica, Fatal Labyrinth possui um gameplay bem interessante e pouco explorado em jogos de console, o que o torna uma experiência única. Vale a pena ser jogado pelo menos uma vez, especialmente se você não estiver acostumado ao estilo Roguelike e quiser uma mudança de ares na sua jogatina, e caso você se interesse em jogar novamente, será recompensado com um labirinto totalmente novo.

Curiosidades

  • Fatal Labyrinth foi o primeiro jogo Roguelike do Mega Drive, mas este sistema foi utilizado em outros títulos do console, como no clássico ToeJam & Earl (com algumas alterações).
  • Ao contrário de 99,9% dos RPGs existentes, o dinheiro neste game não serve para comprar armas ou itens. Quanto mais rico você for, mais chique será o seu funeral, caso seu personagem morra. Grande consolo!
  • Este jogo faz parte da coletânea Sonic’s Ultimate Genesis Collection, lançada recentemente para PS3/X360.

 

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