Os irmãos
Bogard continuam descendo a porrada na série Fatal Fury e tudo graças
a Geese Howard e sua trupe. Este jogo foi uma das primeiras adaptações
da SNK para o Saturn. O resultado é um jogo muito parecido com o
original, mas alguns detalhes precisam ser relevados.
Esta
versão de Fatal Fury não utiliza nenhum cart de RAM e logo de cara
se sente que a qualidade da animação é apenas razoável (eu diria
um pouco truncada...), sem contar com os loadings que são longos e
chatos. A SNK é bem conhecida por colocar pequenas animações nos
loadings e aqui o jogador vai ter de aturar uma da Mai Shiranui em
forma de criança e abanando seu leque....que bonitinho...
O jogo
continua com todo os personagens do arcade, três planos de luta,
golpes especiais, super golpes e nota para cada vitória. É preciso
atentar para estas notas pois índices baixos não levarão ao
verdadeiro chefão...que não é Geese Howard. Todas as animações
da história do jogo continuam presentes e típicas da série Fatal
Fury.
Na
primeira observação dos gráficos não se nota diferenças entre a
versão do Arcade/Neo Geo. Contudo, basta os lutadores se
movimentarem para se notar como ficaram com movimentos truncados. Se
no cenário e nos lutadores o detalhamento é muito bom, o mesmo não
se pode dizer da animação que realmente peca. Afora isso dá para
se lutar numa boa e vale a pena desferir Reppukens, Power Waves
entre outros. O destaque no detalhamento gráfico também está nas
garotas do jogo: Mai Shiranui (que continua muito sensual) e Blue
Mary (uma loirinha também sedutora).
Um
detalhe curioso está no cenário do Pao Pao Cafe 2, onde no canto
esquerdo pode ser visto o personagem Richard Myer, de Fatal Fury 1!
Outro que merece destaque é de Andy Bogard e Joe Higashi, em que o
tempo vai mudando.
Se os
gráficos não agradarem aos olhos, pelo menos os ouvidos se
satisfarão com as músicas e efeitos sonoros. Há músicas
orientais e em rock, sem contar com a música calma da fase de Mai
Shiranui. Outra música interessante é a do Pao Pao Café 2 que
possui vocais de fundo.
As
vozes se mostram bem variadas e com boa entonação (bem nítidas
por sinal). Dá para sentir como a voz de Geese é bem séria e
provocadora, ao passo que a voz de Terry é bem jovem. Os sons de
pancadas, quedas, gritos e magias estão bem presentes no jogo e
valem a palheta sonora.
A
jogabilidade até que cumpre bem o seu papel, mas também não chega
a ser uma maravilha como é com os jogos da Capcom. Aqui não é
possível programar os botões e o jogador tem nove opções pré-programadas
a escolher. É pegar ou largar. Alguns golpes se mostram lentos e
muito previsíveis para a CPU, o que pode comprometer os jogadores.
É preciso ter paciência e mudar sempre de tática. As mudanças de
plano podem confundir alguns jogadores e mesmo em relação à CPU,
os movimentos não são muito rápidos.
Para
os que gostam da série Fatal Fury ou de jogos de luta em 2D, esta
terceira versão é razoável. A dificuldade é grande e muitos
combos esperam os mais ansiosos por pancadas. Não é o melhor da
SNK, mas pode agradar os fãs dos irmãos Bogard.
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