Último
jogo produzido pela Treasure (a mesma que fez Guardian Heroes) para
o Saturn, é um shooter vertical que merece fazer parte da galeria
de obrigatórios no Saturn! O jogo conta com uma história em
desenho animado, só que em japonês, que passa todo o panorama do
jogo e dos personagens. Esta parte pode ser considerada como uma das
mais engraçadas pois alguns personagens são extraídos de Guardian
Heroes!
Aparentemente
a história mostra que um cristal achado no espaço logo passou a
ser investigado pelos humanos e quando eles menos percebiam, uma força
emanada dele tomou o controle dos computadores e das armas. Com isso
o caos se formou e só restou ao esquadrão Silvergun salvar a
Terra.
Este
é um jogo bem difícil e a nave que o jogador controlará, a
Radiant Silvergun, conta com pelo menos 7 armas diferentes! Há
tiros de plasma, vulcan, teleguiados, traseiros, tipo wide search e
até um sabre laser! Esta arma absorve os tiros de cor rosa e
acumula numa barra logo abaixo da pontuação. Quando cheia, a nave
pode desferir um ataque com o sabre maximizado e que causa um efeito
devastador! A grande variedade de armas está disposta em cada botão
do controle e para fazê-las aumentar de nível basta acertar os
inimigos com a que se deseja. Dependendo da cor dos inimigos (isto
influencia no aumento do nível) a arma ficará mais poderosa
rapidamente. Algumas armas são mais potentes e com área de acerto
melhor que outras, por isso atenção quando for utilizar alguma! A
Treasure sempre é conhecida por introduzir originalidade em seus
games e neste não é exceção! À medida que os inimigos são
destruídos isto constitui um combo (isso mesmo!) e quanto mais
inimigos de mesma cor se destruir, mais pontos e melhor nível da
arma serão ganhos. Até mesmo escapar dos tiros inimigos, de forma
quase raspando, constitui detalhe para bonificação no jogo!
O jogo
apresenta estilo vertical em tela inteira, mas a qualidade gráfica
é espantosa!!! Há efeitos de rotação do cenário que vão fazer
o jogador viajar!!! O cenário é bem tridimensional e passa sensação
de vôo, queda, mergulho, ascensão, profundidade e manobras em
curva. Os cenários são poligonais, mas com grande detalhamento. Os
chefões ao longo do jogo são muitos e >também são poligonais,
sendo alguns bem difíceis de serem vencidos. Cada um possui uma
barra de energia e o jogador precisa derrotá-los rápido para que não
se auto-destruam, o que não rende pontos e consequentemente: vidas
a se ganhar. Entre os chefões o jogador vai encontrar canhões,
naves, robôs, máquinas virtuais e até mesmo dragões e outras máquinas
estranhas. Todos são muito bem feitos e enchem a tela de tiros. No
jogo em si as naves inimigas são bem feitas e os efeitos de tiros são
muito variados e detalhados. Também as explosões são muito bem
feitas! É preciso ficar atento porque os inimigos pintam em grande
quantidade e os tiros logo infestam a tela, deixando o jogador sem
saída!
A música
do jogo é belíssima, muito bem produzida e gravada na trilha do
jogo, de forma que toca ininterruptamente. É melhor ser ouvida em
estéreo porque no mono ela tira volume dos efeitos sonoros. Uma das
músicas mais impressionantes está na penúltima fase, que parece
uma música sacra!!! Há vocais que criam um clima de apocalipse! No
geral elas são bem sinfônicas e perfeitas. Os efeitos sonoros também
estão muito bons e os efeitos de explosões são típicos de
desenhos japoneses de nave. Tanto os efeitos sonoros de tiros dos
inimigos como da nave que o jogador controla são bons e variados.
Ponto realmente positivo.
A
grande mancada do jogo é a jogabilidade das naves. O que me deixou
em prantos é o fato da nave ser lenta, de não ter um botão para
ajustar a velocidade. A nave em si não é ruim de controlar mas
peca em momentos cruciais do jogo onde se exige agilidade. Este é
um jogo muito bom para ser jogado a dois e que vai ser inesquecível
para os fans do gênero. Há seis fases longas, algumas divididas em
áreas (A,B,C,D, e E) que vão testar a perícia do jogador.
Destaque para o penúltimo chefe que é a cara do Ultraman!!!
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