Introdução
Gears of War foi um dos primeiros games a mostrar todo o potencial
do X Box 360, que até então não havia mostrado a que veio. Até o
lançamento de Halo 3, em 2007, Gears Of War foi o melhor jogo deste
console, e um dos mais jogados em multiplayer.
Um ano após seu lançamento no console da Microsoft, Gears Of War
chega aos PCs.
Gears Of War conta a história da divisão militar homônima, que;
num futuro indeterminado, combate os Locust, uma raça de origem não
esclarecida que habita os subterrâneos do planeta Terra, e vêm
causando grandes estragos à raça humana. Um enredo padrão, e na
verdade bastante clichê, mas o que importa mesmo são os tiroteios,
e isso Gears Of War faz muito bem feito.
Gears Of War,
possivelmente, tem o visual mais belo já visto nos PCs. Não há
absolutamente nenhum detalhe feio, todos os ambientes, texturas,
personagens, inimigos, possuem uma qualidade de cair o queixo. As
armaduras dos personagens principais são excelentes, a pele deles
parece quase real, as armas mais ainda, os ambientes são incríveis,
os efeitos como fumaça e água são fantásticos (embora os de fogo
nem tanto). Enfim, não há em Gears Of War nada que possa ser
caracterizado como feio.
Só uma pena que a física não corresponda, e seja bem fraquinha.
Os inimigos mortos parecem feitos de borracha, e simplesmente não têm
peso.
Cumpre seu papel.
As músicas são legais, embora bem repetitivas, os efeitos sonoros
são ok, mas não impressionam, as vozes são padrão pro estilo.
Não impressiona e nem compromete.
Gears Of War possui
uma jogabilidade bastante diferenciada e interessante. Embora seja
focada nos tiros, há um bom tempero estratégico, graças a
necessidade de fazer uso do cenário para se esconder dos disparos
inimigos. Sem dominar esse sistema, é praticamente impossível ir
longe em Gears Of War. Ainda bem que ele funciona muito bem, embora
eu realmente quisesse que os mergulhos e as coberturas fossem
acionadas em teclas diferentes.
Outro diferencial em Gears Of War é o sistema de recarga das armas.
Embora seja suficiente um toque de botão para fazê-la, não é o
modo mais efetivo. Quando acionamos a recarga, uma pequena barrinha
aparece e vai se enchendo. Se apertarmos novamente o botão de
recarga muito cedo ou muito tarde, haverá um atraso, e a recarga
vai demorar mais que o normal. Se apertamos no momento certo, a
recarga é mais rápida. E se apertamos no momento exato,
recarregamos mais rápido, e ganhamos um bônus de dano por alguns
momentos. É um excelente sistema, traz mais emoção ao jogo.
No mais, é a jogabiliade padrão de um game de tiro, mas bem suave
e gostosa.
Gears of War vai do céu
ao inferno nesse quesito. Por um lado, o jogo é muito empolgante,
os tiroteios são tensos e frenéticos e há raríssimos momentos
tediosos. Por outro lado, ele é difícil e algumas vezes frustrante
em virtude dessa dificuldade. Os inimigos são resistentes, aparecem
em grande quantidade, possuem munição infinita, não são nada
burros, e alguns deles podem nos matar com um único tiro. Enquanto
isso, nossos companheiros de time são burros, ruins de tiro,
kamikazes. Enfim, só atrapalham.
Não bastasse isso, os checkpoints são totalmente mal colocados.
Muitas vezes, eles estão imediatamente anteriores a uma cut scene
ou a um imenso trecho de falatório e caminhada chata. E como
morremos infinitas vezes a cada checkpoint, isso se torna um saco.
De qualquer forma, não da pra não se divertir com Gears Of War.
Por outro lado, não da pra não se frustrar em vários momentos.
Os ambientes são
muito bem pensados, e sempre trazem detalhes interessantes. O enredo
e os personagens são clichê até o osso, e além disso o enredo é
um tanto mal explicado.
Gears of War é ótimo.
Mas não consegue ser excelente. Embora tenha lindos gráficos e
seja bastante empolgante, ele também tem o dom de frustrar os
jogadores, mesmo os mais experientes. Uma pena. Esperamos que numa
eventual seqüência, a Epic consiga sanar os defeitos, e aí sim,
alcançar a excelência.
|