Introdução
Não importa se você
passa madrugadas em fóruns discutindo se Gordon e o G-Man são a
mesma pessoa, ou se não aguenta nem ouvir falar em Half Life, o
fato inegável é que a Valve revolucionou o estilo FPS. Sobretudo
em Half Life 2, que introduziu uma física apuradíssima e a
genial Gravity Gun, que permitia manipular livremente a gravidade.
Enquanto não chega Half Life 3 (a Valve diz que não haverá a
terceira parte da série, mas alguém acredita?), nos distraímos
jogando os episodes de Half Life 2, que continuam a saga de Gordon
Freeman contra os Combine, espécie alielígena conquistadora de
planetas que subjugou a raça humana.
Se o Episode 1 era exatamente igual ao 2, sem grandes (nem
pequenas) mudanças em termos de gráficos, inimigos, armas e
personagens, o Episode 2 é exatamente igual ao Episode 1. Por um
lado isso é bom, pois mantém a ótima jogabilidade e ritmo da série.
Por outro é ruim, por motivos óbvios.
O enredo se passa imediatamente após os acontecimentos de Half
Life 2 e Episode 1. Gordon e Alyx precisam alcançar uma base da
resistencia humana localizada na White Forest, onde está Eli
Vance, o pai de Alyx. No entanto, como Alyx carrega arquivos
confidenciais dos Combine, roubados de sua extinta fortaleza na
Cidade 17, a perseguição a eles será acirrada.
Gráficos
Pense em Half Life
2. Lembre-se dos ambientes, dos personagens, das texturas, dos
efeitos. Lembrou? Então você já sabe exatamente como o
Episode 2 é. Os gráficos são absolutamente iguais, salvo
uma texturazinha aqui, um efeitinho de luz. No entanto, isso não
é necessariamente ruim, já que são gráficos ainda muito
belos, sobretudo os personagens humanos são impressionantes
ainda hoje.
Som
Também sem
grandes novidades, dublagens inspiradas, som das armas ok,
mas eu senti falta de explosões mais ensurdecedoras.
Jogabilidade
A mesma de
sempre, embora com um uso ligeiramente mais acentuado
da Gravity Gun, o que é sempre bom.
Diversão
Particularmente
senti falta das batalhas épicas contra helicóteros
e Striders. Só há um helicóptero no jogo, e a
batalha contra ele é bastante morna. Já contra
Striders há um momento bastante empolgante perto
do final do jogo, mas também bastante fácil. Os
tiroteios estão ok, mas faltam momentos mais épicos.
A falta de novas armas atrapalha um pouco. A curta
duração do jogo, idem. Um ponto positivo:
retornaram os veículos, que haviam sido
aposentados no Episode 1.
Arte
A
ambientação não tem mais tanto daquele
clima de guerra constante dos seus
antecessores. Além disso, raramente você está
sozinho, o que faz perder um pouco do clima de
tensão. O enredo continua ótimo, intrigante
e sem dúvida vai dar muito o que falar,
embora não haja nenhuma grande revelação.
Conclusão
Sem
dúvida um ótimo jogo, mas deficiente em
alguns aspectos. Espero por inovações de
verdade no Episode 3, sob pena de estagnação
da série.
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